17.7.10

Piscinas do Centro Olímpico estão paradas há 4 anos

Vazamentos de água impedem funcionamento das piscinas do C.O. desde 2006.

As três piscinas do Centro Olímpico (CO) estão abandonadas há quatro anos. E não há previsão para a revitalização do parque aquático. Uma emenda parlamentar no valor de R$ 600 mil foi aprovada no fim de 2009, mas o dinheiro ainda não chegou à UnB. Diretor de obras da Prefeitura dos Campi informa, ainda, que o valor não é o suficiente para recuperar toda a estrutura afetada. Enquanto isso, programas sociais e estudantes da Faculdade de Educação Física (FEF) são prejudicados com a falta dos aparelhos.

O diretor do CO, André Luiz Teixeira Reis, conta que as instalações acabaram interditadas depois da confirmação de vazamentos, em 2006. "A interdição se fez necessária porque estava havendo muito desperdício de água", conta. Apesar da identificação do problema, um laudo técnico para comprovar o estado de risco das piscinas só foi realizado três anos depois do fechamento. Mesmo com o relatório em mãos, ainda hoje não existe um orçamento do custo da reforma.

Segundo o diretor de obras da Prefeitura, Arnaldo Gratão, as piscinas estão paradas por falta de recursos. Com a aprovação da emenda parlamentar - de R$ 600 mil, feita pelo deputado Rodrigo Rollemberg, - a Prefeitura começou a elaborar a licitação da obra, mas ainda aguarda o desbloqueio do dinheiro. Arnaldo admite que a UnB ainda não tem uma base de cálculo para estimar o custo da revitalização, mas adianta que o valor não será suficiente para realizar a reforma completa do local.

“Precisamos fazer um cálculo dos custos para estudar as possibilidades de complementação do recurso disponível e, só então, poderemos iniciar o processo de licitação”, explica Arnaldo. O diretor adiantou que uma das empresas que poderá fazer o orçamento visitará as piscinas nesta terça-feira, 1º de junho.

André Luiz conta que, em 2006, o vazamento na piscina olímpica chegava a baixar um metro do nível de água em apenas uma noite. Atualmente, o C.O. mantém um funcionário na manutenção do parque aquático. O trabalho consiste em evitar a degradação dos equipamentos que ainda funcionam. O professor afirma que as atividades aquáticas eram o carro-chefe das atividades no lugar. “A piscina faz uma falta enorme para as atividades de graduação, extensão e recreação”, lamenta.

Prejuízo – O pedagogo Diney Alves é um dos coordenadores do projeto Segundo Tempo, que realiza atividades esportivas com alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal no C.O. Ele diz que, desde a interdição das piscinas, o público atendido - formado por crianças e adolescentes em vulnerabilidade social - diminuiu. “A piscina sempre foi o principal atrativo dos projetos de extensão. O C.O. perde muito sem as atividades aquáticas”, destaca.

Os alunos da graduação também sofrem prejuízos por causa das instalações abandonadas. “A piscina está fechada desde que entrei na UnB”, reclama a aluna de Educação Física, Fernanda Teles. A estudante, que está no 5º semestre, destaca que o currículo do curso prevê disciplinas no parque aquático do C.O. “A gente tem uma matéria que chama Metodologia da Natação. Como a universidade não oferece condições, nossas aulas ficam limitadas e ocorrem fora do campus”, critica ela.

*Fonte: UnB Agência. Foto: Luana Lleras/UnB Agência. (acessado em 15/07/2010)

Nenhum comentário:

Postar um comentário