Os estudantes da Universidade de Brasília farão mobilização nesta quinta-feira para cobrar soluções para os problemas do Centro Olímpico e exigir que o uso do espaço seja ampliado. O ato será em frente ao Diretório Central dos Estudantes, de onde os alunos sairão para reunião na Reitoria, já agendada, com os decanos Rachel Nunes, de Assuntos Comunitários, e Pedro Murrieta, de Administração, além do prefeito da UnB, Paulo César Marques, e do diretor da Faculdade de Educação Física, Alexandre Resende, responsável pelo Centro Olímpico e o próprio diretor do espaço, André Luis Teixeira Reis.
Um manifesto com dez reivindicações, assinado por mais de 20 Centros Acadêmicos, será entregue pelos estudantes aos representantes da Administração durante a reunião. Os alunos querem a revitalização imediata das piscinas, fechadas desde 2006 por causa de vazamentos, a construção da cobertura e reforma das quadras esportivas externas, além da garantia de limpeza, segurança e iluminação.
Seis quadras do Centro Olímpico estão fechadas por causa de buracos, diferenças no nível do piso e equipamentos quebrados. Também estão fechadas as quadras de tênis. Apenas o ginásio, um conjunto de três quadras e dois campos de futebol estão em uso, mas com restrições. No período de chuvas, não há como utilizar, segundo o diretor do Centro Olímpico. “Já temos projetos para reforma das quadras, mas ainda não há recursos disponíveis”, afirma o diretor.
Para a reforma das piscinas, foi liberado há três semanas o valor de R$ 600 mil, resultado de emenda parlamentar proposta pelo deputado federal Rodrigo Rollemberg. Outros R$ 600 mil da própria UnB também estão previstos para custear a obra.
Comunidade - A reivindicação dos estudantes, no entanto, vai além de soluções para os problemas de infraestrutura. Eles querem que o Centro Olímpico se transforme em um espaço de toda a comunidade acadêmica. Parte da estrutura da Faculdade de Educação Física, o lugar atualmente é utilizado para aulas dos cursos e treinamento para campeonatos.
A ideia dos estudantes é que o espaço seja transformado em uma área de lazer para uso de professores, alunos e servidores de todos os setores da universidade. “O Centro Olímpico tem de ser de todos nós”, afirma Raul Cardoso, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que organiza a mobilização junto com a Associação Atléticos dos Alunos da UnB e Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).
Para que seja utilizado como área de lazer, os estudantes defendem a construção de campos de futebol society, de alojamento para eventos e congressos da universidade, de um espaço de convivência. “Hoje temos apenas um campo de futebol para toda a demanda da comunidade universitária, as atividades de extensão e lazer. Infelizmente, esta situação faz com que a maioria dos campeonatos dos cursos ocorram fora da universidade, trazendo maiores custos”, diz o manifesto.
Os estudantes defendem ainda a construção de quadras poliesportivas nos quadro campi e querem a aprovação do regimento de funcionamento do Conselho Consultivo do Centro Olímpico. “Precisamos que esteja claro quantos e quem são os membros”, explica Silvia Fernandes, do DCE.
A proposta dos estudantes é de que 50% dos membros do conselho sejam da sociedade, 25% de gestores, e 25% de funcionários. O diretor do Centro Olímpico, Pedro Luis, considera a manifestação dos estudantes positiva. “Estamos vivendo na universidade um fenômeno de volta da valorização do esporte”, afirma. “Essa mobilização está acontecendo porque os CAs estão organizando eventos esportivos. Aumentou a demanda por uso do Centro Olímpico, mas os espaços não estão adequados”, explica. O decano de Administração e presidente da Comissão de Obras da UnB, Pedro Murrieta, considera justa todas as reivindicações. “Todas as obras se justificam, mas os recursos são limitados. Teremos que definir prioridades”, afirma.
* Fonte: UnB Agência (acessado em 15/07/2010).
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