3.8.10

Alunos da Educação Física inauguram empresa júnior OLÉ

Um grupo de estudantes da Faculdade de Educação Física resolveu investir no promissor mercado da gestão do esporte e criou a primeira empresa júnior do curso, a Organização de Esportes e Lazer (Olé). O objetivo é organizar e gerir eventos esportivos, de campeonatos a cursos e palestras, além de complementar a formação do aluno da FEF, que é centrada no ensino em academias e escolas. A empresa começou a funcionar em março, e já tem cinco clientes no currículo.

O diretor da Faculdade de Educação Física, Alexandre Rezende, admite que a área de gestão esportiva tem espaço reduzido no currículo do curso. “Mesmo na proposta de novo currículo que estamos estudando, haverá apenas duas ou três disciplinas de gestão esportiva”, reconhece. Por se tratar de licenciatura, o curso da FEF está voltado para formações de profissionais de ensino em escolas e academias.

A presidente da empresa, Alessandra Tavares, conta que não havia interesse dos alunos quando começou a planejar a Olé. “Agora que começamos a funcionar, eles já veem que a área de gestão de esporte está crescendo e tem muita demanda”, explica Alessandra. A empresa já conta com seis colabores e abriu processo para a seleção de mais dez no começo de julho.

O professor Paulo Henrique Azevêdo, que ministra a única disciplina de gestão do esporte no currículo da graduação da FEF, diz que essa área se torna mais importante com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, da qual Brasília será uma das sedes. Segundo ele, o Brasil já tem bons profissionais, mas precisa capacitá-los. "Se não fizermos isso, o comitê organizador trará profissionais estrangeiros e controlará toda a gestão do evento", alerta.

Diferencial - De acordo com a presidente da Olé, só existe em Brasília uma empresa de gestão esportiva, e com perfil de organização de eventos mais acadêmicos, diferente do que a empresa júnior tem como proposta. A Olé quer auxiliar a organização de campeonatos esportivos e palestras e oferecer serviços de arbitragem ou de ginástica laboral, por exemplo. Outro diferencial são os preços, abaixo do mercado.

Cinco clientes já contrataram os serviços dos estudantes. A Olé ficou responsável pela capacitação e seleção dos árbitros que apitaram a Copa ENE, da Engenharia Elétrica, e o campeonato do Centro Acadêmico do Direito. Além disso, está gerenciando toda a organização de um campeonato de futebol para uma empresa de vidraçaria e organizará um campeonato de badminton na UnB até o final do ano. O maior evento, porém, foi o Internão, campeonato de futebol da Educação Física. 

Vitor Neves está participando do Internão e aprovou as mudanças que a Olé trouxe. Para a edição desse ano, a empresa júnior organizou o serviço de scout, que monta as estatísticas das partidas, como número de finalizações ou de passes errados. “É bom porque assim podemos saber como está o nosso desempenho”, elogia Vitor. Além disso, os alunos da Olé fazem entrevistas com os jogadores, e para a final, levarão uma banda para animar os intervalos das partidas.

A Universidade de Brasília tem atualmente treze empresas juniores conveniadas e mais treze em processo de formação. Elas têm isenção fiscal – só pagam o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, o ISS – e os alunos são voluntários: todo o lucro tem que ser investido na própria empresa.

* Fonte: UnB Agência (acessado em 02/08/2010)

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