Vivem-se tempos de turbulência onde as mudanças ocorrem vertiginosamente e
tomam direções inesperadas. Vivem-se tempos loucos onde a incerteza das
condições de vivência das organizações e a irracionalidade dos comportamentos
dos clientes imperam.
As constantes alterações sociais e econômicas colocam
permanentemente novos desafios à sobrevivência das organizações. Perante as alterações ambientais
devemos repensar a vocação, a missão e os processos de organização das
organizações do desporto. Devemos ter a atitude de abertura ao mundo que nos
rodeia e introduzir, caso se julgue necessário, as alterações organizacionais adequadas.
As organizações do desporto têm de funcionar em termos abertos a partir da
gestão da informação dos clientes, do mercado, dos técnicos, dos poderes
públicos e da população em
geral. As organizações necessitam de conhecer as tendências
do mercado de ocupação dos tempos livres, as preferências, as novas práticas,
as recentes tecnologias, as formas de conquistar recursos, as soluções para
aumentar a eficiência dos processos, os técnicos mais competentes.
As organizações, antes de serem locais onde se
proporcionam práticas, devem ser perspectivadas como locais de conhecimento
onde se inventam os serviços que possam seduzir e satisfazer os clientes reais
e os potenciais. Existem tarefas de resolução urgente, para tal, terá de haver
pessoas com competência para receber e tratar a informação, para assumir as
responsabilidades na construção do futuro.
Neste contexto, os estudos de mercado são uma
ferramenta decisiva destinados à obtenção de informações úteis para a gestão de
marketing dos serviços (potencial do mercado, características dos praticantes,
serviços novos, perfil da concorrência, etc.). Possibilitam o conhecimento do
mercado e a fundamentação das decisões o que levará a organização a desenvolver
os serviços mais adaptados às circunstâncias.
Os "públicos" e a tipologia da informação
A palavra “mercado” designa o conjunto dos públicos susceptíveis de exercer uma influência sobre as atividades de uma organização.
Os "públicos" e a tipologia da informação
A palavra “mercado” designa o conjunto dos públicos susceptíveis de exercer uma influência sobre as atividades de uma organização.
1. Cliente final: será o consumidor, o utilizador
(os praticantes, os espectadores; as organizações, os patrocinadores, etc.).
2. Comprador: nem sempre o consumidor é o
comprador, para o efeito basta lembrar-nos das crianças e dos jovens. Por isso,
é necessário obter informações dos dois grupos.
3. Os concorrentes: o volume de serviços prestados
é fortemente influenciado pelo comportamento dos concorrentes (serviços,
preços, comunicação e local).
4. Fornecedores: a vida das organizações do
desporto depende em muitos casos da intervenção de um conjunto de instituições
que, ao forneceram recursos, condicionam a produção dos serviços.
Para além dos “públicos” considerados é preciso também conhecer e dominar variáveis ambientais, pois os agentes que formam o mercado são sujeitos a um conjunto de influências provenientes da sociedade onde vivem (demográficas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, legislativas, tecnológicas, etc.).
Num estudo de mercado, em primeiro lugar, importa equacionar e formular o problema que se pretende resolver. Em segundo lugar, deve-se avançar para a identificação e posterior recolha do tipo de informação julgada mais adequada:
1. Características exteriores: quem são? (número de praticantes, sexo, idade, localização geográfica, atividades, etc. ).
2. Comportamento efetivo: o que fazem? (consumo, compra, recolha de informação, concorrentes, etc.).
3. "Comportamento mental": o que pensam? (necessidades, expectativas, imagem do objeto, atitude face ao serviço, etc.).
* Fonte: Fórum Olímpico de Portugal (acessado em 18/01/2011)
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