26.3.11

Aluno do campus do Gama reacende judô da UnB


A equipe de judocas da Universidade de Brasília garantiu em 2010 o segundo lugar nos Jogos Universitários do Distrito Federal e o terceiro na Liga do Desporto Universitário. Os resultados foram alcançados com o esforço dos 13 atletas que hoje integram o grupo, mas um nome do time tem sido destacado pelos próprios lutadores: Davi Pedroza, 23 anos. Aluno do curso de Engenharia de Energia do campus do Gama, o judoca é o principal responsável pelas posições conquistadas pela universidade. Ele batalhou para garantir as condições para o treinamento e a formação de uma equipe de judô com potencial para competir.

Davi pratica o esporte desde o 14 anos. Quando ingressou na universidade, há dois anos e meio, o atleta não encontrou infraestrutura para treinamento. "Não havia local próprio, técnico, nem equipe formada", conta. Davi assumiu então um intenso trabalho para retomar o esporte na universidade. “Precisei falar com muita gente para tentar viabilizar a prática do judô. Um dos que me ajudaram foi o professor Carlos Gomes, técnico do basquete. Ele me mostrou o caminho para tentar conseguir apoio”, lembra.

Com apoio da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA), Davi conseguiu quimonos e patrocínio para viagens, como passagens aéreas e despesas com estadia. "A UnB também contratou um dos melhores técnicos do Brasil”, declara em relação ao treinador Alfredo Arrais.

A missão seguinte foi atrair atletas para a equipe. Davi visitou vários Centros Acadêmicos em busca de ajuda para divulgar a prática do judô. “Foi um trabalho de boca a boca mesmo. Precisávamos de atletas para dar início aos treinamentos e começar a competir. Pedi ajuda a muita gente”, conta o judoca faixa-preta.

Otimismo - O técnico da equipe idealizada por Davi elogia a iniciativa do atleta. “Ele é um guerreiro nato. Deveriam haver pelo menos outros 20 Davis. O que ele fez deve servir de exemplo na universidade”, afirma. 

Alfredo Arrais analisa com otimismo os resultados alcançados pela equipe da UnB e garante que é possível ir mais longe. “Em uma universidade desse tamanho, podemos conseguir mais. Material humano não falta. Muitas vezes o que não existe é tempo livre para treinar, porque os atletas estudam muito”, analisa.

A rotina dos atletas é mesmo carregada de atividades. Muitos, como o próprio Davi, além dos estudos e dos treinos, precisam trabalhar para se manter. “Recebia até o semestre passado uma Bolsa de Permanência do DEA, mas por falta de documentação não receberei mais. Agora tenho que trabalhar para me sustentar”, conta. A Bolsa de Permanência é um programa de assistência da universidade voltado para diminuir a evasão de alunos de baixa renda. Entre bolsa e auxílio alimentação, o judoca recebia R$ 700 por mês.

Reforço - Ainda em processo de consolidação, o judô da UnB demanda novos alunos-atletas para reforçar a equipe. Mesmo judocas iniciantes podem fazer parte do time. Os treinos são realizados em centros coordenados pelo professor Alfredo Arrais, na 708 Norte, e na 912 Sul. Não há cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.

Para fazer parte da equipe, os alunos interessados podem procurar a secretaria do DEA no Instituto Central de Ciências (ICC) Sul ou entrar em contato com Davi Pedroza pelo número 8428-6590. Este ano os atletas do judô programam disputar os Jogos Universitários do DF, em abril, a Liga do Desporto Universitário, em julho, e os Jogos Universitários Brasileiros, em novembro.

* Fonte: UnB Agência (acessado em 25/03/2011)

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